terça-feira, abril 16, 2024

Magnificat





Em se tratando de um estudo sobre Maria de Nazaré, a mãe de Jesus, o Magnificat, merece um capítulo à parte, é um dos mais belos textos de todo Novo Testamento. Só Lucas entre os evangelistas, e numa entrevista pessoal com a mulher de José, teria a capacidade de registrar para a posteridade tão belo poema, e que prova tudo o que dissemos anteriormente: grande era a espiritualidade inteligente e equilibrada desta que sem a menor dúvida é a nossa Senhora.

Imagino a beleza da cena, aquela que é a mãe de todos os que sofrem, cantando este lindo poema para o médico amigo de Paulo. Ela deve ter dito de cor, pois o sabia de coração, e ele, que à época não tinha celular nem gravador de voz, deve ter tido dificuldade para anotar, pois deve ter se emocionado ao extremo, talvez ela tenha repetido para ele várias vezes:

Minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito exulta em Deus em meu Salvador, porque olhou para a humilde posição de sua serva.

Sim! Doravante as gerações todas me chamarão de bem-aventurada, pois o Todo-Poderoso fez grandes coisas em meu favor.

Seu nome é santo e sua misericórdia perdura de geração em geração, para aqueles que o temem.

Agiu com a força de seu braço. Dispersou os homens de coração orgulhoso.

Depôs poderosos de seus tronos, e a humildes exaltou.

Cumulou de bens a famintos e despediu ricos de mãos vazias.

Socorreu Israel, seu servo, lembrado de sua misericórdia – conforme prometera a nossos pais – em favor de Abraão e de sua descendência para sempre![1]

Não pretendemos neste momento estudar minuciosamente estes versos, mas não podemos deixar de destacar a cultura espiritual de Maria.

Ela abre o texto falando de sua comunhão com Deus de uma forma que só Jesus falará mais tarde. Coloca-se em sua digna posição de serva e assim se faz grande, engrandecendo o Senhor através de sua vivência em harmonia com Ele.

Ela faz uma síntese do Antigo Testamento, mostrando seu perfeito conhecimento de toda Escritura.

Sintetiza também a religião das boas obras e a Lei de Deus que alimenta aquele que se faz dependente Dele, e despede os que se acham ricos e que têm as mãos ociosas.

Dissemos no parágrafo anterior que ela faz uma síntese magistral do Antigo Testamento. O Magnificat tem dez versículos, nestes ela faz quinze citações do Antigo Testamento os harmonizando com profunda sabedoria.

Só quem conhecia e bem as Escrituras, e tinha uma espiritualidade superior poderia construir esta oração. A seguir vamos destacar cada versículo e as citações a que se referem no texto da Bíblia Hebraica.

  1. Minha alma engrandece o Senhor,

O meu coração exulta ao SENHOR (I Samuel, 2: 1)

  1. E meu espírito exulta em Deus em meu Salvador,

Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvação, (Isaías, 61: 10)

Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação. (Habacuc, 3: 18)

  1. Porque olhou para a humilde posição de sua serva. Sim! Doravante as gerações todas me chamarão de bem-aventurada,

SENHOR dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha. (I Samuel, 1: 11)

Então disse Lia: Para minha ventura; porque as filhas me terão por bem-aventurada; e chamou-lhe Aser. (Genesis 30:13)

  1. Pois o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. Seu nome é santo

Redenção enviou ao seu povo; ordenou a sua aliança para sempre; santo e tremendo é o seu nome. (Salmo, 111:9)

  1. E sua misericórdia perdura de geração em geração, para aqueles que o temem.

Mas a misericórdia do SENHOR é desde a eternidade e até a eternidade sobre aqueles que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos; (Salmo, 103: 17)

  1. Agiu com a força de seu braço. Dispersou os homens de coração orgulhoso.

Tu quebraste a Raabe como se fora ferida de morte; espalhaste os teus inimigos com o teu braço forte. (Salmo, 89:10)

  1. Depôs poderosos de seus tronos, e a humildes exaltou.

Aos sacerdotes, leva-os despojados do seu cargo e aos poderosos transtorna. (Jó, 12: 19)

  1. Cumulou de bens a famintos e despediu ricos de mãos vazias.

Pois fartou a alma sedenta, e encheu de bens a alma faminta. (Salmo, 107: 9)

  1. Socorreu Israel, seu servo, lembrado de sua misericórdia

Porém tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem elegi descendência de Abraão, meu amigo; tu a quem tomei desde os fins da terra, e te chamei dentre os seus mais excelentes, e te disse: Tu és o meu servo, a ti escolhi e nunca te rejeitei. (Isaías 41:8-9  8)

Lembrou-se da sua benignidade e da sua verdade para com a casa de Israel; todas as extremidades da terra viram a salvação do nosso Deus. (Salmo, 98:3)

  1. – Conforme prometera a nossos pais – em favor de Abraão e de sua descendência para sempre!

E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. (Gênesis 12:3)

Porque toda esta terra que vês, te hei de dar a ti, e à tua descendência, para sempre. (Genesis 13:15)

E em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz. (Genesis 22:18)

É importante imaginar como foi a cena em que tal evento ocorreu.

Narra-nos Lucas que após Maria receber o aviso através do anjo, a respeito de sua concepção, que diga-se de passagem era um aviso mediúnico, e não fica nenhuma dúvida quanto a isso, ela se dirigiu a uma cidade de Judá para fazer uma visita a sua prima Isabel.

Esta cidade foi identificada segundo uma tradição do século V como sendo Ain Karim, e situava-se a aproximadamente 6 Km de Jerusalém.

 A viagem de Nazaré a Ain Karim, segundo alguns autores, se fazia em quatro ou cinco dias. Como? Provavelmente no lombo de um animal. Era, portanto, uma viagem através de uma estrada ruim, cansativa, principalmente para quem estava nas primeiras semanas de gravidez. Maria devia ter a esta época algo em torno de 14 anos. Ela deve ter chegado à casa de sua prima, extenuada.

Diz o Evangelista que ao entrar na casa de Zacarias, saudou Isabel[2]; Isabel, ouviu a saudação e exclamou o que no futuro viria a ser uma conhecida prece: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre![3]. E após ouvir a prima, Maria profere o belíssimo poema-oração a que estamos nos referindo. Ou seja, ela teve a capacidade de fazer a genial síntese, o poema magnífico, em uma condição de extremo cansaço, em condições físicas precárias; mesmo assim ela se manifestou em profunda harmonia espiritual.

Nós quando estamos cansados perdemos a criatividade e até mesmo a capacidade de pensar com inteligência, queremos repor as energias e só depois realizar algo que exija um trabalho mais elaborado.

Voltemos à nossa questão inicial, era Maria culta ou iletrada? Não sabemos, porém, podemos com certeza dizer: "era sábia", e uma sabedoria de profunda significação espiritual.

 



[1] Lucas, 1: 46 a 55

[2] Lucas, 1: 40

[3] Idem, Ibidem, 42



Texto extraído do E Book:


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Leia também (clique nos links ao lado): Maria de Nazaré a Educadora de Jesus;   Maria de Nazaré, Quem Foi?      



terça-feira, abril 09, 2024

Moisés Proibiu a Comunicação com os Mortos?




Dizem que Moisés proibiu a comunicação dos vivos com os mortos.

Esta é a maior prova que de que este intercâmbio é possível e existe, pois como pode alguém proibir uma coisa que não é possível e que não existe? Se não existe, por que proibir?

Moisés só proibiu pois em seu tempo havia exploração indevida da faculdade mediúnica, como hoje muitas vezes isto ainda acontece. O que ele queria coibir era o mau uso da faculdade mediúnica, e isto Kardec também fez, vejam o capítulo XXVI de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Acompanhem o texto abaixo e vejam se Moisés era contra a comunicação com os ditos mortos:

Números, 11: 26 a 30:

26 Porém no arraial ficaram dois homens; o nome de um era Eldade, e o nome do outro, Medade; e repousou sobre eles o Espírito (porquanto estavam entre os inscritos, ainda que não saíram à tenda), e profetizavam no arraial. 27 Então, correu um moço, e o anunciou a Moisés, e disse: Eldade e Medade profetizam no arraial. 28 E Josué, filho de Num, servidor de Moisés, um dos seus jovens escolhidos, respondeu e disse: Senhor meu, Moisés, proíbe-lho. 29 Porém Moisés lhe disse: Tens tu ciúmes por mim? Tomara que todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o seu Espírito! 30 Depois, Moisés se recolheu ao arraial, ele e os anciãos de Israel.

 

Por este texto vocês acham que Moisés era contra o bom uso da mediunidade? Lembramos que na Bíblia quando fala em "profeta" é a "médium" que está se referindo.

 

Vejam Isaías, 8: 19 e 20:

 

19Se vos disserem: "Ide consultar os espíritos e os adivinhos, cochichadores e balbuciadores", não consultará o povo os seus deuses, e os mortos a favor dos vivos? 20À instrução e ao testemunho! Se eles não falarem de acordo com esta palavra, certamente não nascerá para eles a aurora.

Ou seja, em favor dos vivos pode-se consultar os Espíritos para instrução, porém se eles não falarem adequadamente isto é que deve ser avaliado.


Avaliem ainda o texto abaixo e tirem suas conclusões:

O Papa João Paulo II, perante mais de 20.000 pessoas na Basílica de São Pedro, em 2 de Novembro de 1983, disse :


"O diálogo com os mortos não deve ser interrompido, pois, na realidade, a vida não está limitada pelos horizontes do mundo".


Isso foi fartamente publicado nos jornais Italianos da época, mas hoje, poucas pessoas se lembram.

Ouve também uma reportagem da TV GLOBO:


No final da Transmissão, quando a Repórter Ilze Scamparini da TV Globo faz duas perguntas ao Padre Gino Concetti, um dos Teólogos mais competentes do Vaticano:


Ilze Scamparini : "Existe Comunicação entre os Vivos e os Mortos ?"

Gino Concetti : "Eu creio que sim. Eu acredito e me baseio num fundamento teológico que é o seguinte : Todos nós formamos em Cristo, um Corpo místico, no qual Cristo é o Soberano. De Cristo emanam muitas graças, muitos dons, e se estamos todos unidos, formamos uma comunhão. E onde há comunhão, existe também comunicação."

Ilze Scamparini : "O que o Senhor pensa do Espiritismo ?"

Gino Concetti : "O Espiritismo existe. Há sinais na Bíblia, na Sagrada Escritura, no Antigo Testamento. Mas, não é do modo fácil como as pessoas acreditam. Nós não podemos chamar o Espírito de Michelangelo ou de Raphael. Mas como existem provas nas Sagradas Escrituras, não se pode negar que existe essa possibilidade de comunicação".

 

REPORTAGEM SOBRE O VATICANO - COMUNICAÇÃO COM O MUNDO ESPIRITUAL

AUTORIDADES CATÓLICAS FALAM COM ESPÍRITOS – 1

 

Representantes do Vaticano admitem comunicação com os Espíritos !

 

O Padre Gino Concetti, fala do "Mais Além" de uma nova maneira. O Padre é irmão da Ordem dos Franciscanos Menores, um dos teólogos mais competentes do Vaticano. É comentarista do «L'Osservatore Romano», o diário oficial do Vaticano.

A intervenção do padre Concetti, é muito importante, porque, aqui se veem as novas tendências da Igreja a respeito do paranormal, sobre o qual, até agora, as autoridades eclesiásticas haviam formulado opiniões diferentes. Sustenta ele que, para a Igreja Católica, os contatos com o "Mais Além" são possíveis, e aquele que dialoga com o mundo dos defuntos não comete pecado se o faz sob inspiração da fé.

Vejamos pois, alguns extractos da entrevista, do Padre Gino Concetti ( P.G.C ) publicada no Jornal Ansa, em Itália, em Novembro de 1996 :

P.G.C. - «Segundo o catecismo moderno, Deus permite aos nossos caros defuntos, que vivem na dimensão ultraterrestre, enviar mensagens para nos guiar em certos momentos de nossa vida. Após as novas descobertas no domínio da psicologia sobre o paranormal a Igreja decidiu não mais proibir as experiências do diálogo com os trespassados, na condição de que elas sejam levadas com uma finalidade séria, religiosa, científica.»

P – Segundo a doutrina católica, como se produzem os contatos?

P.G.C - «As mensagens podem chegar-nos, não através das palavras e dos sons, quer dizer, pelos meios normais dos seres humanos, mas através de sinais diversos; por exemplo, pelos sonhos, que às vezes são premonitórios, ou através de impulsos espirituais que penetram em nosso espírito. Impulsos que se podem transformar em visões e em conceitos.»

P – Todos podem ter essas percepções?

P.G.C - «Aqueles que captam mais frequentemente esses fenômenos são as pessoas sensitivas, isto é, pessoas que têm uma sensibilidade superior em relação a esses sinais ultraterrestres. Eu refiro-me aos clarividentes e aos médiuns. Mas as pessoas normais podem ter algumas percepções extraordinárias, um sinal estranho, uma iluminação repentina. Ao contrário das pessoas sensitivas podem raramente conseguir interpretar o que se passa com elas no seu foro íntimo.»

P – Para interpretar esses fenômenos a Igreja permite-lhes recorrer aos chamados sensitivos e aos médiuns?

P.G.C - «Sim, a Igreja permite recorrer a essas pessoas particulares, mas com uma grande prudência e em certas condições. Os sensitivos aos quais se pode pedir assistência, devem ser pessoas que levam as suas experiências, mesmo aquelas com técnicas modernas, inspiradas na fé. Se essas últimas forem padres é ainda melhor. A Igreja interdita todos os contactos dos fiéis com aqueles que se comunicam com o Mais Além, praticando a idolatria, a evocação dos mortos, a necromancia, a superstição e o esoterismo; todas as práticas ocultas que incitem à negação de Deus e dos sacramentos»

P – Com que motivações um fiel pode encetar um diálogo com os trespassados ?

P.G.C - «É necessário não se aproximar muito do diálogo com os defuntos, a não ser nas situações de grande necessidade. Alguém que perdeu em circunstâncias trágicas, seu pai ou sua mãe, ou então seu filho, ou ainda seu marido e não se resigna com a ideia do seu desaparecimento, ter um contato com a alma do caro defunto pode aliviar-lhe o espírito perturbado por esse drama. Pode-se igualmente endereçar aos defuntos se se tem necessidade de resolver um grave problema de vida. Nossos antepassados, em geral, ajudam-nos e nunca nos enviarão mensagens nem contra nós mesmos nem contra Deus.»

P – Que atitudes convém evitar durante contatos mediúnicos?

P.G.C - «Não se pode brincar com as almas dos trespassados. Não se pode voca-las por motivos fúteis, para obter por exemplo um nº do Loto. Convém também ter um grande discernimento a respeito dos sinais do Mais Além e não muito enfatizá-los. Arriscar-se-ia a cair na mais suspeita e excessiva credulidade. Antes de mais nada não se pode abordar o fenômeno da mediunidade sem a força da fé.»

 

Texto retirado do Jornal: O Popular - Goiânia

 

Há anos radicada na Europa, a psicóloga goiana Terezinha Rey divulga a aprovação, pela Igreja Católica, da comunicação com os mortos através de médiuns ! Oficialmente a Igreja Romana nunca admitiu o contato com os mortos, como prega a Doutrina Espírita. Nem mesmo a atividade de médiuns e paranormais, até há bem pouco tempo, era levada em consideração, pelos religiosos.

Essa opinião mudou. Através do jornal L'Osservatore Romano, órgão oficial da Igreja com sede em Roma, em edição de novembro de 1996, o padre Gino Concetti concedeu uma entrevista, depois reproduzida em outros periódicos, como os italianos : Gente e La Stampa e o mexicano : El Universal, revelando os novos conceitos católicos em relação às mensagens ditadas pelos espíritos depois da morte carnal. Padre Gino Concetti, irmão da Ordem dos Franciscanos Menores, considerado um dos mais competentes teólogos do Vaticano, admite ser possível dialogar com os desencarnados. Segundo ele, o catecismo moderno ensina que "Deus permite àqueles que vivem na dimensão ultraterrestre enviar mensagens para nos guiar em determinados momentos da vida.

Após as novas descobertas no domínio da psicologia sobre o paranormal, a Igreja decidiu não mais proibir as experiências do diálogo com os trespassados, desde que elas sejam feitas com finalidades religiosas e científicas e com muita seriedade".

A medida ditada pela nova cartilha da Igreja Católica deixou eufórica Terezinha Rey, psicóloga e ex-professora goiana, que reside há mais de 40 anos na Suíça. Ela é tradutora e divulgadora do texto do padre Gino Concetti. De férias em Goiânia, faz a divulgação desse material. Terezinha diz que as novas opiniões dos católicos a respeito da Doutrina pregada por Allan Kardec é uma questão da evolução natural das coisas. "Tenho um grande respeito pela Igreja Católica e creio ser oportuna esta revisão de suas opiniões sobre o Espiritismo", afirma ela.

Terezinha considera importantes as pregações do Padre italiano porque tiram a culpa dos católicos por procurar os espíritas em busca de contatos com seus entes queridos. "Conheço padres na Europa que são médiuns", revela a professora, citando como exemplo o padre Biondi, capelão dos jornalistas de Paris. Fundadora do Instituto Pestalozzi, Terezinha Rey foi para a Suíça em 1957 para fazer um doutorado em psicologia. Lá conheceu o renomado professor Andre Rey, um dos criadores da psicologia clínica, e acabou ficando em Genebra, onde também foi aluna da professora Helene Antipoff, educadora de grande prestígio no mundo inteiro.

 

Texto extraído do site: http://www.igrejacatolicacarismatica.org.br/artigos99.htm em 20/03/2012

 

Republicando: https://www.blogger.com/blog/post/edit/23881188/7548006800682846501


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terça-feira, abril 02, 2024

Sabedoria de Tiago -Até os Demônios Creem




 

Tu crês que há um só Deus? Ótimo! Lembra-te, porém, que também os demônios creem, mas estremecem. (Tiago, 2: 19)



Tu crês que há um só Deus? Ótimo! Meditar sobre a existência de Deus e a presença Dele em nossa vida tem sido a tônica do homem desde os primeiros momentos do Espírito na órbita do humano. Não poderia ser diferente já que até mesmo o materialista, o descrente e o agnóstico, vieram de Deus e trazem em si a centelha do Eterno.

Caminhamos da multiplicidade para a Unidade, do politeísmo para o monoteísmo, e mais recentemente apertamos ainda mais a voluta da nossa compreensão adotando o monismo.

Repetindo o autor deste belo texto que adotamos no momento para nossas reflexões, ótimo!

Todavia, tem isto nos sido útil para tornar-nos melhor?

Se sim, repetimos novamente, agora mais satisfeitos, ótimo! Se não tomemos cuidado, mudemos de direção…

A presença de Jesus em nosso meio pela encarnação teve um principal objetivo: fazer o homem compreender o seu amadurecimento realizado e promover neste a Realidade Espiritual.

Emmanuel com o poder de síntese que lhe é peculiar diria mais tarde:

…precisamos, em verdade, do Espiritismo e do Espiritualismo, mas, muito mais, de Espiritualidade.[1]

Portanto, crer em Deus, promovê-Lo cada vez mais em nossa vida por meio de conceituação que espelha nosso progresso é sempre de muito valor, todavia não esqueçamos a lógica da argumentação de Tiago:

Lembra-te, porém, que também os demônios creem, mas estremecem.

Importante esta colocação porque define que não basta crer. O que diferencia o Cristão é a sua capacidade de aplicar na vida prática o que conhece em matéria de espiritualidade.

…também os demônios creem.

Tem sido feito uma confusão entre as palavras diabo e demônio como se estas significassem a mesma coisa. Em grego temos daimonion e diabolos, com sentidos diferentes.

Diabo em hebraico é satan, que literalmente quer dizer adversário.

O significado correto de demônio é: ser incorpóreo, bom ou mau, que tem habitualmente conhecimento superior ao dos homens.

A teologia cristã tradicional viu em satan um opositor a Deus, o que é um erro.

Tal crença se deu pelo entendimento incorreto do princípio de dualidade. Este princípio diz que cada unidade é metade de outra unidade mais completa.

Deste modo, cada unidade é dupla.

Afirma Pietro Ubaldi em A Grande Síntese:

Os sinais + e - estão em toda parte e o binômio reconstrói a unidade, que sempre vos aparece como um par: dia-noite, trabalho-repouso, branco-negro, alto-baixo, esquerdo-direito, frente-atrás, direito-avesso, externo-interno, ativo-passivo, belo-feio, bom-mau, grande-pequeno, Norte-Sul, macho-fêmea, ação-reação, atração-repulsão, condensação-rarefação, criação-destruição, causa-efeito, liberdade-escravidão, riqueza-pobreza, saúde-doença, amor-ódio, paz-guerra, conhecimento-ignorância, alegria-dor, paraíso-inferno, bem-mal, luz-trevas, verdade-erro, análise-síntese, espírito-matéria, vida-morte, absoluto-relativo, princípio-fim..[2]

Toda dualidade contém o princípio de contradição, e aí que está o erro de analisar Deus sob este padrão, pois em Deus não há contradição, não há a mínima hipótese de haver oposição a Deus, pois este é o Absoluto, Deus é Unidade.

Assim, é mais correto usar a palavra demônio como ser incorpóreo, o que para nós espíritas é o mesmo que espírito. Porém a tradição viu em demônio um Espírito mau fazendo oposição a anjo que seria um Espírito bom.

Esta é a conceituação espírita para a expressão, e Tiago afirma que mesmo os Espíritos maus acreditam em Deus e a Ele temem, mostrando-nos, como já comentamos, que é ineficiente crer e temer a Deus, o que importa a nós é transformar-nos para melhor, através da fé em Deus.

Explorando ainda um pouco mais este assunto, mesmo que talvez nos façamos repetitivos, não podemos deixar de citar algumas anotações do professor e escritor norte americano Russell Champlin sobre o tema.

Segundo considera este conceituado teólogo:

[O vocábulo demônio] era empregado no grego clássico, ocasionalmente como sinônimo do termo "theos", "deus". Assim usou Homero (século IX A.C.). Por outros autores, entretanto, a palavra foi utilizada para indicar certas divindades subordinadas… é provável que por causa dessa mesma circunstância é que a palavra eventualmente passou a significar alguma entidade sobrenatural cujo propósito é o de praticar a maldade. Esse termo também tem sido usado para referir-se às almas dos homens que, por ocasião da morte, são elevados a determinados privilégios, e, posteriormente, passou a indicar os espíritos humanos em geral, partidos deste mundo. Gradualmente esse vocábulo foi se limitando aos espíritos malignos em geral, sem qualquer definição sobre a origem ou natureza desses espíritos.

Do princípio ao fim as Escrituras comprovam a realidade do mundo dos espíritos, que tanto podem ser maus quanto bons… (Grifei)

Os espíritos malignos têm influência sobre os homens, e procuram ocupar seus corpos (ver Mc, 5: 8 e Mt, 12: 43 e 44)[3].

Nada há nisso de novo para nós os espíritas, porém, e por isso citamos este texto, mesmo que seja repetição do que já havíamos dito, trata-se de uma exposição de um teólogo protestante. Dito por um seguidor de Kardec não é novidade, mas e sendo este autor considerado exegeta ligado às lides evangélicas?

E ainda continua Champlin em outro ponto do mesmo artigo:

Muitos psicólogos modernos duvidam que exista realmente a possessão por meio de espíritos, mas a experiência universal com tais espíritos desaprova essas dúvidas. Alguns daqueles que se ocupam de pesquisas psíquicas, nestes últimos anos, estão convencidos da realidade do mundo dos espíritos, tanto bons quanto maus. É uma completa tolice pensar que simplesmente porque não podemos ver os espíritos, eles não existem – todavia, alguns sensíveis (pessoas psiquicamente dotadas) asseveram que podem ver ocasionalmente aos espíritos, e alguns deles veem-nos regularmente…(grifei)

(…) Era ponto teológico comum, entre os judeus (sendo ensinado nas escolas teológicas judaicas dos fariseus e de outros), que os demônios, capazes de possuir e de controlar um corpo vivo, são espíritos de mortos partidos deste mundo, especialmente aqueles de caráter vil e de natureza perversa. (ver Josefo, de Bello Jud. VII 6.3)

O artigo continua, mas nós não queremos mais cansar os leitores destas linhas, importando apenas reconhecermos que ao analisarmos o Evangelho à luz dos ensinamentos espíritas não estamos divagando, simplesmente tendo olhos de ver o que até mesmo outros, ligados a outras escolas religiosas, no entanto de mente aberta, puderam perceber.



[1] Prefácio do livro "Nosso Lar" de André Luiz / Chico Xavier

[2] A Grande Síntese, cap. 39

[3] O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.



 Texto extraído do Livro: "Sabedoria de Tiago" (ainda não publicado)


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Nesta obra, inspirada pelo desejo sincero de servir aos ideais Cristãos em nossas vidas, encontraremos a oportunidade de estudar O Evangelho de Jesus diretamente do Novo Testamento, alicerçado na Doutrina dos Espíritos, de uma maneira simples, clara e objetiva. Utilizando-se de uma metodologia fácil, e transparente, o autor teve o carinho de colocar principalmente o sentido moral e espiritual do Evangelho ao alcance de todos. Conjugou referências de vários Evangelistas. Enriqueceu as narrativas com expressivos textos de Emmanuel e André Luiz. E ao interpretar os versículos, analisando palavras e expressões isoladas à luz do Consolador Prometido, nos aproximou ainda mais do sentido espiritual existente nas 'Entrelinhas' do Evangelho. Revelando-nos a essência moral dos ensinos do MESTRE, deixa-nos claramente a certeza, de que vivendo o Evangelho plenamente em nossas vidas, teremos assimilado os ensinamentos do Divino Terapeuta da Humanidade.
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Leia também (clique no Link ao lado):   Sabedoria de Tiago - Irmão do Senhor?

                                                             O Inferno Não É Para Sempre                       


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